
Por Larissa Troian
Ao iniciar a trajetória de estudos para concursos públicos muitas dúvidas surgem. Como se organizar? Como estudar? Quantas horas a se dedicar aos estudos? Quais estratégias adotar? Quais técnicas de estudos utilizar? Quais erros precisamos estar atentos para não cometer? Foi pensando nisso que na manhã do último sábado (28) o Núcleo de Ensino Personalizado (NEP) promoveu o evento “Aprendendo com os aprovados em concurso público”.
Com coordenação de Adair Rocha e Claudia Madrona e participação aberta ao público, o evento reuniu mais de 200 pessoas na cobertura da Dom Helder.
A convidada Sophia Goreti, juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ministrou a palestra chamando mais cinco concursados para falar sobre suas experiências com as provas de concurso público: Jennefer Caldeira e Gabriel Ciríaco, delegados da Polícia Civil, Daniel Henrique e Lílian Lícia, juízes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e Dayane Cristina, técnica do seguro social.
Sophia iniciou o evento apresentando alguns prós e contras de ser concursado. Entre os prós estavam a remuneração atraente e o reconhecimento social. A juíza brincou que após ser aprovada no concurso, deixou de ser reconhecida como Sophia para ser chamada de “a juíza do TJMG”. Já nos contras, Sophia citou a possibilidade de mudança de cidade após a aprovação e o processo dificílimo da realização das provas. Para ela, conforme “a gente se prepara, estuda para os concursos ao longo do tempo, a gente se sente cada vez mais confortável para realizar as provas”. A juíza citou a fase da prova oral como talvez uma das mais difíceis de todo o processo: “O que deixa a gente aflito é ter que responder de ‘bate e pronto’, pois não somos acostumados com esse tipo de teste”.
O ex-aluno da Escola Superior Dom Helder Câmara, Gabriel Ciríaco, contou que nunca foi um aluno muito dedicado, mas que a tomada de decisão foi importante para alavancar os seus objetivos: “Na Dom Helder eu consegui construir fundamentos e base de cada ramo do Direito. Foquei no que eu queria e comecei a prestar as provas de concurso público. Foram incontáveis as reprovações, mas a aprovação chegou, e atuo como delegado da Polícia Civil há sete anos”.
Para todos eles, é de suma importância que os concurseiros tenham persistência, resistência, foco, determinação e disciplina. “A gente chora após uma reprovação, mas logo surge outra oportunidade e novamente enfrentamos de cabeça erguida”, frisou Sophia.
Os convidados abriram o evento para o público tirar dúvidas e debater sobre os processos do concurso, desde a decisão até a efetivação da prova. Logo após, os palestrantes finalizaram o evento com um recado: “Vai ser difícil, terão que abster de muitas e muitas coisas em prol dos estudos. Mas não desistam, vai valer a pena”.