A Dom Helder participará dos debates da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA). A instituição foi aprovada para integrar oficialmente a delegação brasileira no evento e será representada pelo professor Romeu Thomé, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Dom Helder.
Com acesso à Zona Azul, área restrita onde ocorrem as negociações oficiais entre os países, o professor contribuirá diretamente para as discussões internacionais sobre o enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo ele, a trajetória consolidada da Dom Helder na pesquisa em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável foi determinante para a aprovação da candidatura.
“A COP 30 representa uma oportunidade histórica para redefinir os rumos da governança climática global, com foco especial na Amazônia e na justiça ambiental. Trata-se de um marco decisivo para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à proteção dos ecossistemas e à promoção de uma transição energética justa”, afirma Romeu Thomé.
De acordo com o docente, temas como financiamento climático, adaptação às mudanças e valorização dos saberes tradicionais da Amazônia devem estar no centro das negociações.
“A realização da conferência em solo amazônico não é apenas simbólica — ela exige que os compromissos assumidos sejam coerentes com a urgência da crise climática e com os direitos das populações que vivem e preservam esse bioma. Para nossos estudantes e pesquisadores, a COP 30 será uma vitrine de debates jurídicos e políticos que poderão influenciar diretamente a produção acadêmica e a atuação profissional na área ambiental”, completa Thomé.
O professor Lyssandro Norton Siqueira, da Dom Helder, também participará do evento.
Chamada pública
A Dom Helder foi selecionada por meio de chamada pública promovida pelo governo federal. No período entre 12 e 30 de setembro, os interessados enviaram suas candidaturas via formulário disponível no Portal do Brasil Participativo, que contemplou os seguintes setores:
- Sociedade Civil: ONGs, movimentos sociais, redes, coletivos, povos e comunidades tradicionais, entidades sindicais e instituições acadêmicas.
- Setor Privado: empresas e associações representativas de setores produtivos com sede no Brasil.
- Subnacionais: representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos estados, municípios e do Distrito Federal.
O credenciamento de povos indígenas foi conduzido pelo Ministério dos Povos Indígenas, por meio do Ciclo CoParente.
De acordo com a página oficial da COP 30 (https://cop30.br/pt-br), o número de inscrições recebidas foi muito superior ao total de vagas disponíveis. Dessa forma, buscou-se equilibrar diversidade de setores, regiões, perfis e temas dentro dos limites de credenciais definidas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.